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Crianças x Telas 

"Às vezes sinto que estamos numa espécie de Caverna do Dragão vivendo um looping infinito com direito a Vingador e tudo.

Referência de quem foi criança nos anos 90, quando “tela” se resumia ao aparelho de televisão. Em geral, pequeno, dividido entre todos os habitantes de uma casa, com programação pra criança restrita a poucas horas por dia.

1 ano e meio de pandemia e eu queria dizer que nesse tempo conseguimos chegar ao equilíbrio quanto ao uso de telas aqui em casa. O excesso é geral, passando por adultos, criança e bebê.

Como no caso dos pequenos temos 2 cérebros em formação pra cuidar, a gente tenta ter mais controle. E haja criatividade e energia!

Ler sempre foi uma das atividades preferidas do Caetano, que hoje tem 4 anos. Ver sua imaginação fluindo de uma forma menos recheada de informação e imagem, estimula ele a criar suas próprias histórias e se relacionar com o mundo através delas.

Otto, de 1 ano, curte um desenho animado, mas a necessidade de movimento fala mais alto e em 10 minutos ele já tá procurando outra coisa pra fazer. Permitir que ele tenha liberdade pra explorar as capacidades do seu corpo é essencial pra que ele se sinta cada vez mais estimulado a se aventurar.

No fim das contas, a vida em si, seja em casa ou do lado de fora, será sempre mais interessante que qualquer projeção dela. Já diriam Caetano, Otto, Alistela e Bela.

Que nós, os cuidadores, saibamos encontrar encantamento no dia-a-dia e o brilho dos nossos olhos sejam como pedras preciosas numa trilha pra nossas crianças."

– Carol Ianino

 

Pensando em contar um pouco dos bastidores da vida dos escrevedores, convidamos algumas escrevedoras que tem lugar cativo em nosso corazón para dividir diversos assuntos. Clica aqui para ler a Adê falando sobre livros físicos x digitais e aqui para ler a Tati falando sobre seu processo de escrita. 

 

Carol Ianino é canceriana, mãe de Caetano e Otto, casada com Lê, e estuda e trabalha pra que mulheres encontrem prazer ao mergulhar em si mesmas. 


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